Teaser

Sinopse

Rio de Janeiro, 1964. Após o fim de uma paixão, G.H., escultora da elite de Copacabana, decide arrumar seu apartamento, começando pelo quarto de serviço. No dia anterior, a empregada pediu demissão. No quarto, G.H. se depara com uma enorme barata que revela seu próprio horror diante do mundo, reflexo de uma sociedade repleta de preconceitos contra os seres que elege como subalternos. Diante do inseto, G.H. vive sua via-crúcis existencial. A experiência narra a perda de sua identidade e a faz questionar todas as convenções sociais que aprisionam o feminino até os dias de hoje. Baseado no romance de Clarice Lispector.

Visão do diretor

Diretor fala de aspectos do seu novo filme

A ideia do fim, diagnóstico da narrativa moderna no cinema, inaugura na personagem G.H. um tempo novo, onde o próprio tempo e espaço estão fora de si, fora das leis e da ordem, fora do campo do mundo, fora de nós. 

A experiência da paixão como elemento transgressor torna insustentável a antiga estrutura da personagem e do próprio filme em si, transformando a narrativa em uma busca por si mesma em meio a estilhaços, silêncios, giros, sair de si, voltar a si. 

O retrato da patroa G.H., desenhado a carvão pela doméstica Janair em seu quarto de empregada expõe fissuras sociais, vereditos morais e civilizações ancestrais. O fluxo avança atravessando vários gêneros narrativos, que evocam, pouco a pouco, fragmentos que nos remetem à uma carta cifrada. Uma carta de amor? Uma carta de despedida do mundo? Toda paixão é uma cerimônia de adeus e, ao mesmo tempo, um renascimento.

Vídeos

Prêmios

IFFR – Festival Internacional de Cinema de Roterdã (Holanda)

Sessão Harbour

Festival de Filmes Terra Di Siena (Itália)

Prêmio Melhor Filme
Prêmio Melhor Atriz – Maria Fernanda Cândido

BAFICI – Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (Argentina)

Grande Prêmio
Prêmio Melhor Atuação – Maria Fernanda Cândido

FILMADRID – Festival Internacional de Cine (Espanha)

Prêmio Menção especial do Júri Jovem – A Paixão Segundo G.H.
Prêmio Menção especial do Júri Jovem – Maria Fernanda Cândido

Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

Hors Concours

Festival Internacional do Rio de Janeiro

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Festival du Cinéma Brésilien de Paris (França)

Hors Concours

Festival du Cinéma Brésilien de Bordeaux (França)

Hors Concours

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Sessão Harbour

Festival de Filmes Terra Di Siena (Itália)

Prêmio Melhor Filme
Prêmio Melhor Atriz – Maria Fernanda Cândido

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Grande Prêmio
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Prêmio Menção especial do Júri Jovem – A Paixão Segundo G.H.
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Livros

Fortuna Crítica

31, out — 2023

Filme ‘A Paixão Segundo G.H.’ é como saborear a conquista do impossível

  • Walter Porto
  • Folha de São Paulo

Luiz Fernando Carvalho e Maria Fernanda Cândido provocam o arrebatamento de Clarice Lispector usando a palavra falada

Fazer uma versão audiovisual de “A Paixão Segundo G.H.”, de Clarice Lispector, poderia bem ser um castigo destinado aos pecadores mais imundos no inferno de Dante.

Trata-se, afinal, de um dos romances mais introspectivos, menos imagéticos, da história da literatura brasileira —um mergulho sem paralelo no interior de uma mulher privilegiada, branca, rica, que descobre num espasmo, diante de uma barata morta, a pulsão de vida que é comum a ela e a tudo o que existe.

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11, abr — 2024

‘A paixão segundo G.H.’: público ‘enfeitiçado’ com beleza do texto e ‘magnetismo’ de Maria Fernanda Cândido

  • Susana Schild
  • O Globo

Bonequinho aplaude de pé adaptação de Luiz Fernando Carvalho para livro de Clarice Lispector.

Se o espectador perder o chão, o fôlego, o prumo durante “A paixão segundo G.H.”, pode relaxar. Está no caminho certo traçado pela obra inspiradora de Clarice Lispector há 60 anos. Mesmo assim, convém contar com reações polarizadas. Súditos de GH, sem prancha de salva-vidas, deverão embarcar em trip quase alucinógena verbal, visual e sonora, enquanto hereges desavisados boiarão à deriva, eventualmente enfeitiçados — pela beleza do texto, pela estrutura multifacetada da narrativa e pelo magnetismo da entrega de Maria Fernanda Cândido.

 

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8, fev — 2024

In this sensorial, inventive adaptation of Clarice Lispector, a sculptor faces a tortuous existential horror

  • Cristina Álvarez López
  • International Film Festival Rotterdam

In Luiz Fernando Carvalho’s A paixão segundo G.H., Clarice Lispector’s highly philosophical prose finds a cinematic rendering that surpasses all expectations. G.H. is a well-off Brazilian sculptor who, one day, encounters a cockroach in her maid’s closet. Following this incident, she descends into unknown regions of her being. The breakdown – a sort of madness, but also a passion in the religious sense – strips all masks, undoes her completely, and leads her to a new experience of life. The film combines the confessional, the experimental and the psychological to achieve an existential horror with echoes of Ingmar Bergman’s Through a Glass Darkly (1961) and Roman Polanski’s Repulsion (1965).

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2, fev — 2024

IFFR ROTTERDAM 2024: A Paixão Segundo G.H. de Luiz Fernando Carvalho

  • Mónica Delgado
  • DESISTFILM

No es la primera vez que Luiz Fernando Carvalho se enfrenta a una obra que debe ser adaptada al cine. Ya con su primer largometraje A la izquierda del padre (Lavoura arcaica, 2001), el cineasta brasileño realizó una transposición del universo del escritor Raduan Nassar, de su primera novela, conservando la intencionalidad, aspecto clave ante la libertad de las licencias en los argumentos y ante lo plausible y verosímil en el pasaje fílmico. Aunque esta vez, ante una materia narrativa sumamente distinta, el realizador toma una obra existencial de Clarice Lispector, A paixão segundo G.H., para subvertirla dentro del imaginario fílmico más problemático, la estructura de la mirada masculina, en todo caso la reminiscencia de la mirada masculina ante un sujeto/objeto fascinante, y que ha sido motivo de cientos de films a lo largo de la historia del cine: la representación de la catarsis, la angustia, el dolor e histeria de las mujeres.

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12, abr — 2024

Epifania no quarto de empregada

  • Carlos Alberto Mattos
  • BLOG CARMATTOS

No imaginário burguês, o quarto de empregada é um território de exclusão. Ainda que parte da casa ou apartamento, esse sucedâneo da senzala é um local onde os patrões raramente entram e com ele pouco se importam. Na arquitetura, equivale ao mito de que a empregada doméstica é “parte da família”, mas uma parte à parte, que deve permanecer segregada dos demais aposentos, dos quais se separa pela cozinha e a área de serviço.

No cinema brasileiro, o quarto de empregada tem feito aparições significativas em filmes como Que Horas Ela Volta?, Doméstica, O Outro Lado da Cozinha, Recife Frio, Domingo e Casa Grande. Nunca, porém, ganhou tanto protagonismo como em A Paixão Segundo G.H., transposição do livro homônimo de Clarice Lispector para o cinema por Luiz Fernando Carvalho. Aqui o quartinho dos fundos torna-se cenário de uma epifania lúgubre para a dona da casa, que ali não entrava há anos.

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11, abr — 2024

No coração selvagem

  • José Geraldo Couto
  • BLOG IMS

A esta altura, mesmo quem não leu A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, sabe do que se trata: a escultora G.H., uma beldade da elite carioca, entra no quartinho da empregada recém-demitida e vivencia uma epifania às avessas ao se deparar com uma barata. Mergulha no coração selvagem da vida. Mais importante do que esse escasso entrecho é o que a escritora faz dele: uma busca desesperada de transcender os limites da linguagem verbal, por meio de uma escrita que se desfaz e refaz a todo instante.

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8, abr — 2024

“A Paixão Segundo G.H.” transforma monólogo interior de ação rarefeita em filme de grande força poética

  • Maria do Rosário Caetano
  • REVISTA DE CINEMA

O desafio que o cineasta Luiz Fernando Carvalho se impôs parecia intransponível. Afinal, como transformar as angústias e reflexões de uma mulher, sozinha num enorme apartamento e frente ao “cadáver” de uma barata, em um filme que dura mais de duas horas?

Pois o diretor carioca, de 63 anos, criador inquieto e propenso a enfrentar imensos desafios, conseguiu transformar “A Paixão Segundo G.H.”, romance que Clarice Lispector publicou em 1964, em um filme original, envolvente e de imensa força poética.

Para chegar a tão bom resultado, o cineasta contou com a cumplicidade de sua protagonista, a atriz Maria Fernanda Cândido. Dona de beleza singular, a intérprete de G.H. mostra que Carvalho acertou em cheio ao convidá-la, 22 anos atrás, para o papel. Naquela época, Maria era apenas uma mulher de beleza rara, que se firmava como atriz na telenovela “Esperança”.

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10, abr — 2024

A paixão segundo Luiz Fernando Carvalho

  • Veronica Stigger
  • QUATRO CINCO UM

Longa baseado em romance de Clarice Lispector apreende a fala que busca dar forma ao caos da narradora de ‘A paixão segundo G.H.’

(…)

O longa de Carvalho apreende essa desorganização que leva a protagonista a não saber mais quem é e que se replica numa desorganização da fala. Daí, o livro tomar uma forma espiralada, que se inicia e termina com travessões, indicando uma continuidade antes circular do que linear, e repete, no princípio de cada capítulo, a frase final do anterior, além de retomar, a todo momento, questões já tratadas.

O filme se move também em espiral, não respeitando, por vezes, a ordem do livro — o que não é um demérito, e sim demonstra uma compreensão da estrutura narrativa que Clarice coloca em movimento. Não por acaso, a própria imagem da espiral é evocada já na abertura do filme. Na primeira vez que vemos G.H., sua figura aparece distorcida, espiralada, como se seu corpo se derretesse diante de nossas vistas, nos dando a ver a perda da “montagem humana” de que ela fala.

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17, abr — 2024

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

  • Ivana Bentes
  • REVISTA CULT

O que fazemos e pensamos quando estamos “a sós”, como expressar este mundo mental povoado de “vastas emoções e pensamentos imperfeitos”? Como as vivências se tornam jorro de palavras e falas e estas podem se tornar corpo, performance e imagens: cinema?

G.H., personagem de Clarice Lispector que toma o corpo e a voz de Maria Fernanda Cândido, é a protagonista, confinada, de um livro publicado em 1964 e agora transcriado para o cinema por Luiz Fernando Carvalho.

No livro e no filme talvez importe menos o “motivo” que detona esse “estar a sós” individual e/ou coletivo, narrado com ferocidade: a empregada que decide ir embora, o encontro visceral com uma barata, o fim de uma paixão, ou, poderíamos acrescentar: uma pandemia devastadora ou simplesmente o acaso ou a banalidade cotidiana em pessoa. O decisivo é que “isso” transborde em um acontecimento, no sentido de aquilo que quebra nossos automatismos corporais e psíquicos, e produz algo terrível demais, belo demais, angustiante demais.

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11, abr — 2024

‘A Paixão Segundo G.H.’: diretor explica a cena no filme que não está no livro de Clarice Lispector e como dirigiu atriz

  • Ubiratan Brasil
  • Valor Econômico

A literatura inspira o diretor Luiz Fernando Carvalho desde o início de sua carreira. Em seus trabalhos para cinema e televisão, a escrita literária é um ponto de partida fundamental, o que se concretizou em projetos baseados nas obras de Raduan Nassar (“Lavoura Arcaica”), Machado de Assis (“Capitu”), Graciliano Ramos (“Alexandre e Outros Heróis”), Eça de Queiroz (“Os Maias”) e Milton Hatoum (“Dois Irmãos”), entre outros.

Em comum, além da origem literária, a experimentação visual e de linguagem, mas nenhum tão radical como o filme “A Paixão Segundo G.H.”, que chega agora no cinema. Criado a partir do livro de Clarice Lispector, o longa começou a ser rascunhado em 2001 e tornou-se projeto de fato quando o filho da escritora, Paulo Gurgel, pediu a Luiz Fernando que o levasse para o cinema.

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11, abr — 2024

A Paixão Segundo G.H. constrói Clarice em cima de um século de “cinema feminino”

  • Caio Coletti
  • OMELETE

Maria Fernanda Cândido é potência de filme que assume miopias calculadas.

Com o passar das décadas e a ampliação do culto popular à sua obra (ou pelo menos à obra que lhe atribuem nas redes sociais), Clarice Lispector se tornou uma espécie de “mulher elemental” da cultura brasileira. Não que suas narrativas difíceis e interiorizadas caibam confortavelmente nessa posição – e onde foi que Clarice coube confortavelmente, em toda a sua vida e seu legado? Há de se questionar, como se questiona, o quanto a experiência da filha de imigrantes ucranianos, branca, que passou a maior parte da vida em condições econômicas confortáveis, representa a feminilidade de um país perpassado por desigualdades e diversidades tão profundamente definidoras da nossa identidade.

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29, mar — 2024

‘A Paixão Segundo G.H.’ é um deleite poético com Maria Fernanda Cândido

  • Mattheus Goto
  • Veja São Paulo

Atriz principal está estupenda no papel da mulher branca e privilegiada que passa por uma epifania, criada por Clarice Lispector.

Um clássico da literatura transformado em filme. Com estreia marcada para 11 de abril, A Paixão Segundo G.H. é pura poesia. A obra de Clarice Lispector ganhou sua versão audiovisual pelas mãos do diretor Luiz Fernando Carvalho, que já havia realizado o mesmo feito, com Lavoura Arcaica (2001). O roteiro é assinado por ele em parceria com Melina Dalboni.

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12, abr — 2024

Maria Fernanda Cândido dá vida às crises de ‘A Paixão Segundo G.H.’

  • Mario Sergio Conti
  • Folha de São Paulo

O filme “A Paixão Segundo G.H.” é melhor que o romance no qual se baseia. É com imagens límpidas que o diretor Luiz Fernando Carvalho dá materialidade às opacas abstrações de Clarice Lispector.

O diretor é fiel à prosa turva e maçante da escritora. Tampouco barateia a trama, inventando falas ou personagens. O que o filme faz é acentuar cenas e temas para que se tornem os nervos da trama.

A “Paixão” do título não diz respeito ao amor romântico exacerbado. Refere-se aos Evangelhos, à via-crúcis do Nazareno, à sua morte inevitável para redimir os pecados da humanidade.

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21, abr — 2024

A paixão segundo G. H.

  • Pablo Gamba
  • LOS EXPERIMENTOS BLOG DE CINE

A paixão segundo G. H. (Brasil, 2023) está en la competencia internacional del BAFICI. El segundo largometraje de Luiz Fernando Carvalho se estrenó en el Festival de Río de Janeiro y estuvo en los de São Paulo y Rotterdam también. Su lejana ópera prima, Lavoura arcaica (A la izquierda del padre, Brasil, 2001), recibió una mención especial del jurado en el festival de Buenos Aires en 2002 y ganó, además, el premio del público.

Lavoura arcaica hizo de Carvalho una figura legendaria del cine brasileño. Dedicado a la televisión desde los años ochenta, cuando la producción de películas se reducía en su país, se había destacado como director de la primera parte de O rei do gado (El rey del ganado, 1997-1998), telenovela de temática social agraria de Rede Globo. Después de ese éxito decidió regresar al cine en el marco del resurgimiento o retomada de la producción nacional con la ley de estímulos fiscales de 1993. Con ella se resolvió la crisis que creó el cierre de la empresa estatal Embrafilme por el gobierno de Fernando Collor de Mello en 1990.

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22, abr — 2024

Cine: Bafici – A Paixão Segundo G.H.

  • Marta Casale
  • EL ESPECTADOR COMPULSIVO

“Allí donde el filósofo pierde el aliento, ella [Lispector] continúa, más lejos todavía, más allá de todo saber.» Hélène Cixous

“Toda pasión es una ceremonia de despedida y, al mismo tiempo, un renacimiento”. » Luiz Fernando Carvalho

Llevar la novela de Clarice Lispector al cine o al teatro no es sencillo y, sin embargo, es una de las autoras más visitadas por realizadores de ambas disciplinas [i]. La dificultad nace de que, más allá de la crisis existencial de la protagonista, lo que acontece son puras cavilaciones; pura filosofía, si se quiere. Mucho texto que necesariamente -pero no únicamente- hay que traspasar a la pantalla o el escenario en un despliegue verbal que podría ir contra la esencia misma del cine o el teatro. Podría, pero no en las manos de Carvalho, quien ha convertido la novela en una pieza maravillosamente cinematográfica. Una joya, si uno logra traspasar esa primera extrañeza que provoca un relato de aspect ratio de 1,33:1, con absolutos primeros planos y una espesura de palabra -y, a veces también de imagen- que es necesario atravesar.

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6, fev — 2024

A metamorfose de uma existência

  • Fabricio Duque
  • VERTENTES DO CINEMA

Durante o Festival do Rio 2023

Quando a escritora ucraniana, naturalizada brasileira, Clarice Lispector lançou sua obra “A Paixão Segundo G.H.” em 1964, ela não imaginaria que sua história fosse transposta ao cinema de forma tão poética e etérea pelo cineasta Luiz Fernando Carvalho, o mais metódico, mais estético e que mais transcende a própria imagem. E tampouco que sua personagem principal fosse “possuída”, literalmente, pela atriz Maria Fernanda Cândido. Sim. E ainda há quem diga que seus livros são fáceis de traduzir. Não, não são, pelo contrário, visto a quantidade de camadas existencialistas, que flertam explicitamente com o absurdo possível, com a realidade desmembrada nas ideias-pensamentos surreais e críveis (ao mesmo tempo), com a fantasia que evoca a metáfora da vida e seus símbolos pululantes de nossas sinapses mentais. Toda essa complexidade está na versão cinematográfica de “A Paixão Segundo G.H.”, que ganha a forma quase ipsis litteris, pela literalidade de suas palavras, de suas ações e de suas “viagens” a um psicológico-psicodélico.

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11, abr — 2024

CRÍTICA | A PAIXÃO SEGUNDO G.H.

  • Bruno Golei
  • NERDEZA

“A Paixão Segundo G.H.”: É uma jornada profunda no labirinto da existência de Clarice Lispector, o mais novo filme do diretor Luiz Fernando Carvalho é uma adaptação cinematográfica fascinante do renomado romance homônimo de Clarice Lispector, trazendo à tela a mente fragmentada e os devaneios existenciais da protagonista de maneira sinestésica e desafiadora. Luiz Fernando Carvalho além de diretor é roteirista e produtor do filme, e ele consegue fazer com que o filme mergulhe nas profundezas da subjetividade de G.H., uma escultora que é interpretada por Maria Fernanda Cândido, cuja vida é transformada após um encontro perturbador em sua própria casa.

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24, abr — 2024

2024: O ano em que G.H. virou um palimpsesto

  • Renildo Rene
  • LETRAS IN.VERSO E RE.VERSO

Texto, interpretação e imagem. Clarice Lispector esteve sempre fugindo da mensagem óbvia. O que escreveu e o porquê escreveu se tornou embrião dos seus significados — significados estes que são procurados nas suas ficções, crônicas, entrevistas, adaptações teatrais e cinematográficas. Do seu emblemático romance de estreia Perto do coração selvagem (1943) que lhe rendeu comparações a Virginia Woolf à reconhecida novela A hora da estrela (1977) reacendendo um debate antigo sobre a distância intelectual do escritor e os ditos problemas sociais, a escritora colocou no signo da língua a possibilidade da palavra de ser entendida de diferentes formas, em todo momento que sua obra e sua figura eram/ são utilizadas por outrem.

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30, abr — 2024

A Paixão Segundo G.H., a Crítica | Uma extraordinária viagem cinematográfica ao universo de Clarice Lispector

  • José Vieira Mendes
  • MAGAZINE HD

“A Paixão Segundo G.H.”, estreou timidamente nas salas pelas mãos da Nitrato Filmes, mas não podem perdê-lo pois é um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, que conjuga o cinema, em particular de Luiz Fernando Carvalho, com um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX: Clarice Lispector. 

“A paixão segundo G.H.”, de Luiz Fernando Carvalho é um filme baseado no livro homónimo de Clarice Lispector, que já de si é uma obra bastante complexa e que tem sido pouco considerada  para fazer uma possível adaptação ao cinema. De facto, Luiz Fernando Carvalho — seguindo de certo modo os preceitos e lirismo do seu filme anterior “Lavoura Arcaica” (2001), baseado na obra de Raduan Nassar —, realiza uma missão quase impossível, proporcionando-nos com um impecável virtuosismo técnico e uma sensação quase visceral, uma alucinante viagem pela imagem, pelo som e sobretudo pelas poderosas palavras de Clarice Lispector.

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14, abr — 2024

Maria Fernanda Cândido se desconstrói para viver ‘A Paixão Segundo G.H.’

  • Flávia Guerra
  • UOL

O que sobra quando deixamos todas as máscaras? A essência. É justamente a essência humana e sua própria desconstrução que Maria Fernanda Cândido busca em “A Paixão Segundo G.H.”, novo filme de Luiz Fernando Carvalho que chega aos cinemas brasileiros depois de um longo período de gestação.

O filme parte do romance homônimo de Clarice Lispector e foi fielmente transposto para o cinema, tendo a escrita de Clarice como roteiro primordial. Cada letra, cada palavra que Maria Fernanda diz vem da escrita e do universo interior criado pela autora para sua personagem.

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15, jun — 2024

A Paixão Segundo G.H. (Luiz Fernando Carvalho). Filmadrid 2024

  • Lucía De Manuel González y Luna Frax
  • CAIMAN - CUADERNOS DE CINE

Una escultora de semblantes grecos encerrada en su piso en Río de Janeiro afronta a ‘esa mujer’, a sí misma, con una violenta crítica al género humano en un monólogo, del libro a la película homónima, A Paixão Segundo G.H. (Luiz Fernando Carvalho). Clarice Lispector (1920-1977) publicó el romance en 1964 y Brasil conocía una dictadura militar. Diez años después nacía Maria Fernanda Cândido. Similitudes de la actriz con la escritora: rostros con proporciones similares, pómulos acentuados, los ojos claros y almendrados; fueron madres de dos niños con las mismas edades; y en el tiempo de escritura y el de rodaje tenían las dos 44 años.

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10, abr — 2024

“A Paixão Segundo G.H.” traz o peso esmagador da despersonalização

  • Antônio Lira
  • REVISTA O GRITO

Filme adapta com classe a força da linguagem no romance de Lispector

Não é preciso desenvolver muito para dizer que a escrita de Clarice Lispector é uma das mais marcantes da literatura brasileira. A obra da escritora pernambucana é uma das mais densas da produção nacional contemporânea, tão subjetiva que esbarra, às vezes, no incompreendido. A torrente de pensamentos que Clarice escreve – principalmente em A Paixão Segundo G.H. – torna a adaptação um desafio, embora o longa-metragem homônimo mostre que não é impossível.

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12, abr — 2024

A paixão pelo paradoxo

  • Leandro Antognoli Caleffi
  • JORNAL GGN

O trabalho de transposição linguística nunca é uma tarefa banal. Principalmente quando falamos de Clarice Lispector, cujas narrativas colocam em cena, em maior ou menor grau, a impossibilidade de a palavra exprimir o que se almeja. Luiz Fernando Carvalho aceitou o desafio e o realizou com sua habitual competência, tomando para si a difícil missão de levar à tela uma narração cuja maior linha de força é o malogro da expressão em face da complexidade da existência. É a própria narradora-protagonista, a certa altura do livro, que o diz: “O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha linguagem. Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu” (LISPECTOR, 2009, p. 176)

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Imprensa

Principais notícias

9, abr — 2024

‘A Paixão Segundo G.H.’: Introspectivo e social, filme adapta o mais complexo livro de Clarice

  • Mariane Morisawa
  • O ESTADO DE S.PAULO

História de Clarice Lispector era considerada infilmável, mas chega aos cinemas pelas mãos Luiz Fernando Carvalho, diretor também de ‘Lavoura Arcaica’, com Maria Fernanda Cândido como a protagonista – uma mulher que vai desmoronar; leia entrevistas.

A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector, sempre foi considerado um livro “infilmável”. Não para o diretor Luiz Fernando Carvalho e para a atriz Maria Fernanda Cândido, que são parceiros de longa data. Os dois lançam o filme homônimo nesta quinta-feira, 11, nos cinemas brasileiros, depois de exibi-lo no Festival de Roterdã, em janeiro.

“Não tive hesitação, mas tinha consciência do tamanho do desafio”, disse a atriz em entrevista ao Estadão, em São Paulo. “Eu admiro demais a coragem do Luiz, porque não trabalhamos com conforto, e isso é de grande fidelidade ao livro. A Paixão Segundo G.H. é isso.”

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11, abr — 2024

‘A Paixão Segundo G. H.’, de Luiz Fernando Carvalho, desafia a ideia de infilmável

  • Leonardo Sanchez
  • FOLHA DE S.PAULO

Borrões coloridos deixam vazar o rosto sereno porém retorcido de Maria Fernanda Candido, nos primeiros segundos de “A Paixão Segundo G. H.”. Ela logo encontra sua voz, dando início a um monólogo que transforma 180 páginas de papel em duas horas de registro digital.

Tido por muitos como um exemplar infilmável do acervo de Clarice Lispector, o livro que serve de base para o filme de Luiz Fernando Carvalho foi publicado há 60 anos, mas encontrou meios para embrenhar-se pelas salas de cinema de hoje ainda muito atual.

São questões essencialmente humanas que guiam a conversa de G. H. com o espectador, afinal. É no que acredita Candido, que gosta da teoria de alguns estudiosos que dizem que o nome da protagonista é abreviatura para “gênero humano”.

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14, abr — 2024

‘Extremamente atual’, diz diretor de ‘A paixão segundo G.H’; veja a entrevista

  • Ricardo Daehn
  • CORREIO BRAZILIENSE

O aclamado texto de Clarice Lispector A paixão segundo G.H.. ganha versão cinematográfica, dirigida por Luiz Fernando Carvalho

O encontro entre uma inspiradora tela em branco, um livro potente na variedade de palavras reentrantes, e ainda a impactante plasticidade de uma musa atriz inspiradora: Maria Fernanda Cândido — tudo isso moveu o diretor Luiz Fernando Carvalho na adaptação para a telona de um dos clássicos de Clarice Lispector: A paixão segundo G.H. “Não parto de nenhum pressuposto cinematográfico; eu parto de um ritual prévio que é simplesmente a presença de uma tela em branco”, conta o diretor, em entrevista ao Correio. “Olha (interpretar a protagonista) foi uma alegria difícil, como diria Clarice, mas chama-se alegria e sinto-me muito agraciada por ter sido escolhida pelo diretor para este processo fascinante”, observa a atriz Maria Fernanda Cândido.

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12, abr — 2024

Maria Fernanda Cândido fala da experiência transformadora de estrelar ‘A paixão segundo G.H.’: ‘É uma obra que questiona absolutamente tudo. Não sobra nada’

  • Ricardo Pinheiro
  • O Globo

Em entrevista ao GLOBO, a atriz conta sobre seu trabalho na adaptação do clássico de Clarice Lispector tido como ‘infilmável’, além do medo de barata.

Entender Clarice Lispector, segundo declaração da própria, “não é uma questão de inteligência, e sim de sentir”. Ela falava sobre um professor de português do Colégio Pedro II que a procurou para contar que havia lido quatro vezes “A paixão segundo G.H.” e seguiu sem saber do que se tratava o livro. “No dia seguinte, uma jovem de 17 anos, universitária, disse que este é o livro de cabeceira dela. Não dá para entender. Ou toca, ou não toca”, complementou a escritora em célebre entrevista concedida à TV Cultura, em 1977, poucos meses antes de morrer.

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12, abr — 2024

Especial Cine Latinoamericano: críticas de “A paixão segundo GH”, de Luiz Fernando Carvalho (Competencia Internacional); y “La mujer salvaje”, de Alán González (Vanguardia y Género) – #BAFICI2024

  • Diego Batlle
  • OTROS CINES

Reseñas de dos producciones de nuestra región que tienen en las protagonistas femeninas sus principales hallazgos.

Si hay novelas “infilmables” una de ellas es esta publicada en 1964 por la escritora ucraniano-brasileña Clarice Lispector. Poco le importó eso a Luiz Fernando Carvalho -un histórico de las telenovelas y director de la multipremiada película A la izquierda del padre / Lavoura Arcaica (2001)- quien además se encargó junto a Melina Dalboni de la transposición para un film que tuvo su estreno mundial en enero último durante el Festival de Rotterdam.

GH (la magnética Maria Fernanda Cândido, omnipresente en prácticamente todos los planos) es una escultora de la elitista burguesía carioca de 1964 que vive en un departamento de Copacabana con vista al mar. Y es precisamente Cândido quien se carga al hombro (o más bien se apodera con su rostro y con su voz) lo que es básicamente un largo monólogo interior en una suerte de video-diario (rodado en 35mm) en el que va expresando sus contradicciones, sus deseos (la estilizada narración tiene en varios momentos un tono erótico y seductor) y sus angustias.

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28, abr — 2024

Una edición marcada por la coyuntura – El final del 25º Bafici, entre premios y tensiones

  • Diego Brodersen y Juan Pablo Cinelli
  • PAGINA 12

(…)

Así, el segundo largometraje del brasileño Luiz Fernando Carvalho y la ópera prima de su compatriota Sacha Amaral comparten el podio con sendos premios principales. En el caso de este último film, El placer es mío, se trata de una producción mayoritariamente argentina (Amaral vive en nuestro país desde hace muchos años), y es el retrato de un joven en eterno conflicto con sus amigos, familiares, múltiples amantes y consigo mismo con una precisa estructura dramática, notables actuaciones y un estilo realista no exento de poesía.

A paixão segundo GH, adaptación muy personal de la novela homónima de Clarice Lispector, marca el regreso al cine de Carvalho luego de dos décadas de intenso trabajo en la televisión de su país. Con una extraordinaria performance de Maria Fernanda Cândido, que se llevó merecidamente el premio a la Mejor Actuación (desde hace unos años el galardón no distingue entre sexos), el film describe el viaje interior de una mujer de la alta sociedad luego de tener una epifanía en las circunstancias más insospechadas. A diferencia de El placer es mío, A paixão… es una película casi experimental, un collage de recuerdos y deseos rodado en el bello soporte analógico de 35mm.

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26, abr — 2024

Películas brasileñas, argentinas y de los Países Bajos se llevaron los premios más importantes de las competencias internacionales del Bafici 2024

  • LA NACION

Los premios se anunciaron después de una competencia de 12 días, durante la cual se proyectaron más de 280 films y se hicieron casi 500 funciones del Festival Internacional de Cine Independiente de Buenos Aires, que cumple este año sus bodas de plata.

La película brasileña A paixao segundo GH, de Luiz Fernando Carvalho, y la argentina El placer es mío, de Sacha Amaral, recibieron en conjunto el Gran Premio de la Competencia Internacional del Bafici 2024, cuyos ganadores se anunciaron en su totalidad este viernes 25.

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22, abr — 2024

Luiz Fernando Carvalho fala de seu DNA literário em passagem pelo Recife

  • Robson Gomes
  • DIÁRIO DE PERNAMBUCO

O fazer artístico é algo muito subjetivo. Portanto, não se pode descrever com palavras o que realmente significa o conceito de quem faz arte. Mas uma coisa todo artista deve ter: um diferencial, uma marca. É assim que chegamos ao diretor Luiz Fernando Carvalho. Este carioca de 63 anos carrega em sua bagagem várias produções de sucesso na televisão e no cinema. E a maioria das obras bebem de uma fonte bastante diversa e relevante: a literatura brasileira, através de autores como Ariano Suassuna.

Em passagem pelo Recife, o cineasta conversou com a coluna Giro sobre a amizade que teve com o autor paraibano de coração pernambucano: “Fui muito amigo de Ariano Suassuna e conheço toda a família até hoje. Fiz vários trabalhos para a televisão inspirados na obra dele, e com colaboração dele, como Uma Mulher Vestida de Sol (1994), A Farsa da Boa Preguiça (1995) e A Pedra do Reino (2007). Fui eu que lancei Ariano na televisão quando ele tinha 70 anos”, ressalta. “Era uma pessoa muito querida”.

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17, abr — 2024

Mergulho no Fascínio de Clarice

  • Rostand Tiago
  • REVISTA CONTINENTE

Luiz Fernando Carvalho volta ao cinema com desafiadora adaptação de A Paixão Segundo GH, livro que completa 60 anos de lançamento

Mais de duas décadas separam as duas incursões de Luiz Fernando Carvalho, um dos mais importantes nomes da teledramaturgia brasileira, em longas ficcionais para cinema. São 23 anos desde o lançamento de seu celebrado Lavoura Arcaica, adaptação do romance homônimo de Raduan Nassar, período no qual sua produção em televisão continuou de mãos dadas com a literatura, passando por obras de nomes como Machado de Assis, Eça de Queiroz e Ariano Suassuna, trabalhando com estruturas narrativas clássicas, mesmo que talvez em níveis diferentes de classicidade.

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27, abr — 2024

Los ganadores del Bafici, en su edición más convulsionada

  • Nazareno Brega
  • CLARIN

Se dieron a conocer los premios, que serán entregados este sábado a la noche.

Hubo un empate en el Gran Premio.

El Bafici llega al final, en su edición más convulsionada, con un empate en el premio mayor entre la brasileña A paixão segundo GH, de Luiz Fernando Carvalho, y la coproducción argentina El placer es mío, de Sacha Amaral.

Carvalho adaptó la novela de Clarice Lispector sobre una escultora carioca que atraviesa un Vía Crucis existencial al enfrentarse, luego de un desengaño amoroso, a una cucaracha en la habitación de servicio. El también brasileño Sacha Amaral centra su película en un dealer que vive con su madre y se dedica a robarles a personas que conoce a través de aplicaciones.

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4, jul — 2024

Entrevista a Luiz Fernando Carvalho Y Maria Fernanda Cândido (La Pasión según G.H.)

  • Nacho Álvarez y Andrés González Leal
  • Revista Mutaciones

“Trabajo directamente sobre la literatura, hago una incursión de la lente en el libro”

Andrés y Nacho: A pesar de adaptar la estructura del relato original decides mantener la primera frase. ¿Qué importancia tenía esta en la película? ¿Cómo construiste el resto del guion?

Luiz Fernando Carvalho: No hay exactamente un guion. No creo que este tipo de literatura, que es una prosa poética, necesite de la mediación de un guion. Yo trabajo directamente sobre la literatura, hago una incursión de la lente en el libro. Entonces no hay un guion, hay coordenadas y un estudio previo muy fuerte y sustentado por especialistas en la obra de Clarice Lispector que me ayudan a percibir las direcciones de la novela. Estas coordenadas me ayudan a generar una gran respuesta creativa de mi lectura sobre la novela.

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Créditos

A Paixão Segundo G.H. filme de Luiz Fernando Carvalho baseado na obra de Clarice Lispector com Maria Fernanda Cândido Apresentando Samira Nancassa como Janair Roteiro Melina Dalboni, Luiz Fernando Carvalho Supervisão de texto Nádia Battella Gotlib Direção de Fotografia Paulo Mancini, Miqueias Lino Colorista Sérgio Pasqualino Júnior Direção de Arte João Irênio Figurino Thanara Schönardie Cenografia Mariana Villas-Bôas Som Bruno Armeliin Assistente de Direção Kity Féo Caracterização Eduardo Bellini Luigi Custódio Montagem Marcio Hashimoto, edt Montagem Adicional Nina Galanternick, edt Supervisão de Som Alan Zilli Mixagem Eduardo Hamerschlak Supervisão de Pós-Produção Natália De Martini Produção Executiva Maria Clara Fernandez, Marcello Ludwig Maia, Renata Rezende, Mariana Marcondes Produtora Associada Eleonora Granata-Jenkinson Produzido por Luiz Fernando Carvalho, Paulo Roberto Schmidt, Marcio Fraccaroli, Veronica Stumpf Direção Luiz Fernando Carvalho